Sempre agarrada a ele, sempre com medo de um dia ficar sem o meu objecto mais valioso, mais preciso, mais usado e mais tudo. Sempre a pensar que se um dia o perdesse nunca me ia perdoar. Sempre a revolver a mala apressadamente e à bruta com medo que fosse desta que não o ia encontrar. Mas encontrava sempre. Entre a carteira e o telemóvel, enrodilhado entre fechos e bolsas ou esquecido na mala de ontem. E depois do arrepio "ai ai ai que é desta" ter passado, carregar no on e curtir feliz a música pela rua fora.
Não sou a pessoa mais consumista do mundo. Acabo por perder ou estragar tudo. Já estou habituada. Mas o meu IPOD não. Para além de estar totalmente viciada e passar o dia com os estetoscópios enfiados no ouvido, este rectângulozinho cor de rosa já faz parte de mim. Tem personalidade, vida própria e muita história. Tem musicas, listas, memórias, viagens, lágrimas e sorrisos. E mais do que wma’s ou mp3’s tem km’s, muitos km’s.
Perdi-o em Estocolmo. Algures na Biblioteca Real. E desta vez não era um ensaio. Perdi-o mesmo. Revolvi em pânico a mala 500 vezes. Revolvi em pânico a biblioteca 500 vezes. Perguntei a toda a santa alma que encontrei nas redondezas. Nada. Nada. Nada. Derrotada tive que ir embora. Mesmo assim voltei atrás e deixei o nr de telemóvel. Sim sim como se alguém devolvesse um IPOD...
Pois é meus amigos, mas a diferença é que a biblioteca real ficava em Estocolmo, e Estocolmo fica na Suécia, e na Suécia vivem suecos.
E no dia seguinte o telefone tocou mesmo.
OBRIGADA sueco que encontraste o meu filhinho, obrigada biblioteca sueca pela chamada que me devolveu a alma, obrigada Bea provisoriamente sueca por teres tratado de tudo para que chegasse intacto a Berlim o meu querido, amado, lindo, incrível IPOD.
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1 comment:
Não dá para acreditarrrrrrr, realmente há povos muito desenvolvidos!!!!
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