Moda Verão 2007 - Por aqui continua a chover em Agosto...
Friday, August 31, 2007
Thursday, August 30, 2007
Numa de turista...
Ontem à tarde andei de eléctrico...
Senti uma necessidade louca de fazer qualquer coisa diferente...e bem, perdi a cabeça, andei de eléctrico em Lisboa...e não foi um qualquer...foi um dos antigos, mais precisamente o 28. A experiência é prefeitamente alucinante, até porque estávamos em plena hora de ponta...e assim foi, a subir a calçada do combro, a muito custo, com o peso de toda uma cidade que evita andar a pé...então menina, subir a calaçada é que não, eu sou uma mulher doente, doente do pé!
Perguntas sobre cortesia diplomática II
O que se faz quando nos encontramos no elevador com aquela colega de trabalho com quem nunca falámos, que tem 63 anos alemães, que não tem absolutamente nada em comum connosco e temos pela frente uma subida de 14 loooongos andares em hora de ponta?
P.S.: Não vale responder sobre o tempo. Recuso-me ao desespero de abordar esse tema!
Wednesday, August 29, 2007
Still Great
coisas do tipo:
Untie me, I've said no vows
The train is getting way too loud
I gotta leave here my girl
Get on with my lonely life
ou ainda:
You love a sinking stone
That'll never elope
So get used to used to the lonesome
Girl, you must atone some
Don't leave me no phone number there
e para rematar:
I find a fatal flaw
In the logic of love
And go out of my head
Tuesday, August 28, 2007
Monday, August 27, 2007
Feeling like Kafka II
Às missas em Berlim falta o calor de Portugal, as letras da música que se sabe de cor, a familiaridade das caras e a paz em forma de beijo em vez de mãos hirtas e estendidas.
Mas ontem ouvi uma das melhores homílias de sempre. O padre resolveu juntar às parábolas da Bíblia uma parábola de Kafka. Encaixe perfeito.
"Diante da Lei está um guarda. Vem um homem do campo e pede para entrar na Lei. Mas o guarda diz-lhe que, por enquanto, não pode autorizar-lhe a entrada. O homem considera e pergunta depois se poderá entrar mais tarde. -"É possível" - diz o guarda. -"Mas não agora!". O guarda afasta-se então da porta da Lei, aberta como sempre, e o homem curva-se para olhar lá dentro. Ao ver tal, o guarda ri-se e diz. -"Se tanto te atrai, experimenta entrar, apesar da minha proibição. Contudo, repara sou forte. E ainda assim sou o último dos guardas. De sala para sala estão guardas cada vez mais fortes, de tal modo que não posso sequer suportar o olhar do terceiro depois de mim".
O homem do campo não esperava tantas dificuldades. A Lei havia de ser acessível a toda a gente e sempre, pensa ele. Mas, ao olhar o guarda envolvido no seu casaco forrado de peles, o nariz agudo, a barba à tártaro, longa, delgada e negra, prefere esperar até que lhe seja concedida licença para entrar. O guarda dá-lhe uma banqueta e manda-o sentar ao pé da porta, um pouco desviado. Ali fica, dias e anos. Faz diversas diligências para entrar e com as suas súplicas acaba por cansar o guarda. Este faz-lhe, de vez em quando, pequenos interrogatórios, perguntando-lhe pela pátria e por muitas outras coisas, mas são perguntas lançadas com indiferença, à semelhança dos grandes senhores, no fim, acaba sempre por dizer que não pode ainda deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem para a viagem, emprega todos os meios custosos para subornar o guarda. Esse aceita tudo mas diz sempre: -"Aceito apenas para que te convenças que nada omitiste".
Durante anos seguidos, quase ininterruptamente, o homem observa o guarda. Esquece os outros e aquele afigura ser-lhe o único obstáculo à entrada na Lei. Nos primeiros anos diz mal da sua sorte, em alto e bom som e depois, ao envelhecer, limita se a resmungar entre dentes. Torna-se infantil e como, ao fim de tanto examinar o guarda durante anos lhe conhece até as pulgas das peles que ele veste, pede também às pulgas que o ajudem a demover o guarda. Por fim, enfraquece-lhe a vista e acaba por não saber se está escuro em seu redor ou se os olhos o enganam. Mas ainda apercebe, no meio da escuridão, um clarão que eternamente cintila por sobre a porta da Lei. Agora a morte esta próxima.
Antes de morrer, acumulam-se na sua cabeça as experiências de tantos anos, que vão todas culminar numa pergunta que ainda não fez ao guarda. Faz lhe um pequeno sinal, pois não pode mover o seu corpo já arrefecido. O guarda da porta tem de se inclinar até muito baixo porque a diferença de alturas acentuou-se ainda mais em detrimento do homem do campo. -"Que queres tu saber ainda?", pergunta o guarda. -"És insaciável".
-"Se todos aspiram a Lei", disse o homem. -"Como é que, durante todos esses anos, ninguém mais, senão eu, pediu para entrar. O guarda da porta, apercebendo se de que o homem estava no fim, grita-lhe ao ouvido quase inerte. -"Aqui ninguém mais, senão tu, podia entrar, porque só para ti era feita esta porta. Agora vou me embora e fecho-a".
No final da leitura o padre fez apenas duas perguntas:
Quem são os guardas na tua Vida?
E porque é que eles são tão mais importantes do que a tua própria Vida?
Mas ontem ouvi uma das melhores homílias de sempre. O padre resolveu juntar às parábolas da Bíblia uma parábola de Kafka. Encaixe perfeito.
"Diante da Lei está um guarda. Vem um homem do campo e pede para entrar na Lei. Mas o guarda diz-lhe que, por enquanto, não pode autorizar-lhe a entrada. O homem considera e pergunta depois se poderá entrar mais tarde. -"É possível" - diz o guarda. -"Mas não agora!". O guarda afasta-se então da porta da Lei, aberta como sempre, e o homem curva-se para olhar lá dentro. Ao ver tal, o guarda ri-se e diz. -"Se tanto te atrai, experimenta entrar, apesar da minha proibição. Contudo, repara sou forte. E ainda assim sou o último dos guardas. De sala para sala estão guardas cada vez mais fortes, de tal modo que não posso sequer suportar o olhar do terceiro depois de mim".
O homem do campo não esperava tantas dificuldades. A Lei havia de ser acessível a toda a gente e sempre, pensa ele. Mas, ao olhar o guarda envolvido no seu casaco forrado de peles, o nariz agudo, a barba à tártaro, longa, delgada e negra, prefere esperar até que lhe seja concedida licença para entrar. O guarda dá-lhe uma banqueta e manda-o sentar ao pé da porta, um pouco desviado. Ali fica, dias e anos. Faz diversas diligências para entrar e com as suas súplicas acaba por cansar o guarda. Este faz-lhe, de vez em quando, pequenos interrogatórios, perguntando-lhe pela pátria e por muitas outras coisas, mas são perguntas lançadas com indiferença, à semelhança dos grandes senhores, no fim, acaba sempre por dizer que não pode ainda deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem para a viagem, emprega todos os meios custosos para subornar o guarda. Esse aceita tudo mas diz sempre: -"Aceito apenas para que te convenças que nada omitiste".
Durante anos seguidos, quase ininterruptamente, o homem observa o guarda. Esquece os outros e aquele afigura ser-lhe o único obstáculo à entrada na Lei. Nos primeiros anos diz mal da sua sorte, em alto e bom som e depois, ao envelhecer, limita se a resmungar entre dentes. Torna-se infantil e como, ao fim de tanto examinar o guarda durante anos lhe conhece até as pulgas das peles que ele veste, pede também às pulgas que o ajudem a demover o guarda. Por fim, enfraquece-lhe a vista e acaba por não saber se está escuro em seu redor ou se os olhos o enganam. Mas ainda apercebe, no meio da escuridão, um clarão que eternamente cintila por sobre a porta da Lei. Agora a morte esta próxima.
Antes de morrer, acumulam-se na sua cabeça as experiências de tantos anos, que vão todas culminar numa pergunta que ainda não fez ao guarda. Faz lhe um pequeno sinal, pois não pode mover o seu corpo já arrefecido. O guarda da porta tem de se inclinar até muito baixo porque a diferença de alturas acentuou-se ainda mais em detrimento do homem do campo. -"Que queres tu saber ainda?", pergunta o guarda. -"És insaciável".
-"Se todos aspiram a Lei", disse o homem. -"Como é que, durante todos esses anos, ninguém mais, senão eu, pediu para entrar. O guarda da porta, apercebendo se de que o homem estava no fim, grita-lhe ao ouvido quase inerte. -"Aqui ninguém mais, senão tu, podia entrar, porque só para ti era feita esta porta. Agora vou me embora e fecho-a".
No final da leitura o padre fez apenas duas perguntas:
Quem são os guardas na tua Vida?
E porque é que eles são tão mais importantes do que a tua própria Vida?
Saturday, August 25, 2007
New Projects
Friday, August 24, 2007
Fim de Agosto em Berlim II
E quando não há Costa alentejana ... há cultura!
Ontem começou a festa da reabertura de uma das melhores "casas" de cultura desta cidade: a "Haus der Kulturen der Welt".
72 horas non stop de programação e festa.
Aguentei as primeiras 4... com direito a um concerto de jazz ( Luisito Quintero), uma exposição sobre tendencias nova-iorquinas, fogo de artfício e um grupo gospel de uma igreja anti-consumismo! Enfim... 4 horas bem passadas.
PS: Claro que lá voltei a entrar sem bilhete...
Ontem começou a festa da reabertura de uma das melhores "casas" de cultura desta cidade: a "Haus der Kulturen der Welt".
72 horas non stop de programação e festa.
Aguentei as primeiras 4... com direito a um concerto de jazz ( Luisito Quintero), uma exposição sobre tendencias nova-iorquinas, fogo de artfício e um grupo gospel de uma igreja anti-consumismo! Enfim... 4 horas bem passadas.
PS: Claro que lá voltei a entrar sem bilhete...
Perguntas sobre cortesia diplomática
O que se diz a um colega que insiste, insiste e insiste em emprestar a coletânea COMPLETA da Shakira??
Thursday, August 23, 2007
Tuesday, August 21, 2007
Way out?
Há decisões em que se ganha o mundo. Há decisões em que se perde tudo. Há sentenças em que se procuram respostas, se perdem caminhos e se fogem de amores. Há passos de gigante que afinal nada riscam.
_
Há dias em que nos pedem o mundo num segundo. E em que o mundo todo sabe exactamente o que dizer. A Vida dos outros é tão mais simples. E grito bem alto ao teu ouvido. Para a direita se queres ser feliz. Não sejas burro, é para esquerda como é óbvio. Só assim te encontrarás. Só lá. Só cá. Fica. Vem. Só comigo. Só sem ti.
_
E há sempre os que assertivamente ordenam a frente. Para trás é que não se fica.
_
Há dias em que se acorda no meio de Agosto com um frio de rachar. Em que não se dorme mais do que 5 minutos de enfiada e se pergunta como é possível a chuva fazer tanto barulho. Em que de repente se abrem os olhos com a tranquilidade de quem afinal já não ouve as vozes dos outros. Nem sequer a chuva. Em que se olha para a parede e se vê reflectido alguém sem avesso. Sem dobras, nem esquinas. Apenas a mesma imagem de sempre. A mesma de há 25 anos. Agora de tacões.
_
Hoje acordei com um estetoscópio nos ouvidos. Sem música, sem imagens e como sempre sem certezas. Apenas com uma ligação stereo ao músculo que dizem servir para bombar sangue.
De estetoscópio todas as decisões na Vida são válidas.
De estetoscópio todas as decisões na Vida são válidas.
Mesmo aquelas de que nos arrependemos.
Sunday, August 12, 2007
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